INQUÉRITO ATIVIDADE ECONÓMICA – ASSOCIADOS NERSANT

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EXPETATIVAS DAS EMPRESAS MELHORAM

Duas semanas depois de ter realizado um inquérito junto das suas empresas associadas, a NERSANT propôs-se atualizar a informação entretanto recolhida, com o objetivo de acompanhar a evolução da atividade empresarial e as expetativas dos empresários.

Assim, e com base nas respostas fornecidas pelas empresas, verifica-se uma alteração em alguns dos parâmetros.  No que concerne à redução da faturação, cerca de 77,6% empresas registaram uma redução da faturação, valor que subiu 1,9%  nas últimas duas semanas. Porém, uma das boas notícias é que o número de empresas que regista uma quebra de 70% na sua faturação baixou de 43% para 26%.  Em sentido inverso, subiu de 22% para 33% o número de empresas que registam uma quebra de 20% a 50% na sua faturação.

De registar também como positivo a redução do número de empresas com atividade suspensa. Se há quinze dias, 75% das empresas tinham uma parte ou totalidade da sua atividade suspensa, esse valor reduziu agora para 44% .

Quando questionados se vão recorrer às linhas de crédito do COVID 19, verifica-se uma melhoria neste parâmetro, com 60% das empresas a responderem que não estão a pensar recorrer a estas linhas, o que representa um aumento de 7% face aos últimos dados. Este facto pode estar relacionado com a diminuiçãode empresas com redução significativa da faturação. Por outro lado,  17% das empresas afirmam que já recorreram a estas linhas de Crédito, uma subida de 4,5%  face aos últimos números.

 

Na questão sobre o recurso as Moratórias nos empréstimos, diminuiu de 52,26% para 50% as empresas que não vão solicitar. No sentido inverso, as empresas que já recorreram à moratória, passou de 26,23% para 41,18%, um aumento de 57%.

Na utilização do mecanismo de lay-off simplificado, verificamos que 1 em cada 5 empresas (19,40%) recorreram a este mecanismo. Em sentido inverso, 59,70% das empresas não planeiam recorrer ao lay-off. No inquérito anterior eram 55,56%.

No que concerne ao abastecimento, 41,27% das empresas responde que não houve qualquer quebra. O conjunto das empresas regista um impacto Moderado (36,51%) ou Forte (19,05%), apesar da diminuição das empresas que estavam a registar um impacto Muito Forte no inquérito anterior, que evoluiu de 17,74% para 3,17%, no último inquérito. Estes resultados permitem constatar que o abastecimento possa estar a estabilizar e os seus efeitos negativos a minimizarem-se.

Quando se analisa a expetativa futura próxima do abastecimento, 65,57% das empresas entende que será nulo ou moderado.

Quando instadas as empresas a pronunciarem-se pela procura, as mesmas consideram que terá pouco significado ou nulo (12,31%), moderado (32,31%), forte 23,08% e muito forte 32,31%. Neste item há uma evolução muito positiva, pois no 1º inquérito a diminuição Forte e Muito Forte obteve 67,19% e agora 55,39%.

Para que as empresas consigam fazer face aos seus compromissos, era importante avaliar a tesouraria. No primeiro inquérito as empresas responderam que teria pouco significado em 18,46%, seria moderado em 26,15%, forte em 21,54% e muito forte em 33,85%. No inquérito desta semana, verificamos um crescimento muito grande nas empresas que consideram Forte, pois evoluiu para 31,82%, um crescimento de 47,73%.

Em termos de transportes, logística e Alfândegas, 83,60% das empresas considera que poderá ter um impacto nulo ou moderado.

Interessante é o resultado do impacto das possíveis ausências dos trabalhadores, por motivos legais ou em acompanhamento de filhos menores. No conjunto das empresas, 79,03% considera nulo ou moderado, apesar de 9,68% das empresas considerar um impacto muito forte.

O inquérito também permitia que as empresas pudessem apresentar sugestões, algumas das quais aqui transcrevemos:

  • Apoio financeiro do Estado
    - Compreensão por parte das câmaras municipais em relação a determinadas situações de forma a não dificultar o normal funcionamento das empresas (ex: impostos, taxas, licenças, etc...)
    - Colaboração dos clientes nas medidas adotadas
    - Os seguros também deveriam ter medidas facilitadores para empresas que estão fechadas (ex.: seguros multiriscos, seguro acidentes de trabalho)
  • A lay off deverá ser mais abrangente, no meu caso ainda não consegui entrar devido aos valores de faturação visto que a mesma reporta-se comparativamente com o ano anterior e o mês de Março, que por sua vez o nosso valor de faturação reporta-se uma grande parte a trabalhos executados no mês de Fevereiro.
  • A paragem da atividade não é da responsabilidade das empresa por isso a quebra de atividade deveriam ser suportadas a fundo perdido por uma linha de apoio europeia.
    A Europa deve definir nas próximas semanas um plano de investimentos estratégicos com vista a estimular o desenvolvimento económico, só com um plano muito ambicioso se pode devolver a confiança aos agentes económicos e com esta gerar novamente emprego e desenvolvimento.
  • As medidas de apoio serem aplicadas a todos os sócios-gerentes remunerados, dado que as suas vidas pessoais dependem dos seus vencimentos.
  • O crédito às empresas manter-se aberto com as condições deste momento durante mais alguns meses.
  • Para além das que estão a ser referidas na comunicação social, principalmente para os sócios gerentes, independentemente do número de funcionários, que também eles têm filhos, casa, créditos e outras despesas, assim como as taxas de juros bancárias que deveriam ser próximas de 0%.
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