Fomentar a qualificação financeira, a inovação e novos modelos de desenvolvimento das empresas da região

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Projeto Ribatejo Inovfin apresentou resultados

A sessão de encerramento do Ribatejo Inovfin teve lugar na terça-feira, 17 de dezembro, na Startup Santarém, com a apresentação de resultados deste projeto dinamizado pela NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, de qualificação das PME nas áreas de Literacia Financeira, Inovação e de novos modelos de financiament

A sessão de encerramento do Ribatejo Inovfin teve lugar na terça-feira, 17 de dezembro, na Startup Santarém, com a apresentação de resultados deste projeto dinamizado pela NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, de qualificação das PME nas áreas de Literacia Financeira, Inovação e de novos modelos de financiamento. “O projeto Ribatejo Inovfin encerra hoje, com a apresentação de resultados, mas o nosso objetivo é dar continuidade a este trabalho, de forma a tornar as empresas mais fortes do ponto de vista financeiro, da gestão e da inovação”, afirmou o presidente da comissão executiva da NERSANT, António Campos. Ana Carina Costa, da NERSANT, apresentou o balanço do trabalho realizado. Para o desenvolvimento do projeto foram dinamizados um conjunto de atividades, como workshops de capacitação e sessões de network entre PME e entidades Financiadoras. Centenas de empresas participaram nas várias sessões de capacitação dirigidas a Pequenos Negócios e PME da região. Foram ainda promovidas duas edições do concurso - Prémio de Inovação Empresarial, e criadas quatro ferramentas de apoio à gestão e de controlo das componentes financeiras acessíveis a todas as empresas. Destaque ainda para os estudos desenvolvidos no âmbito deste projeto que resultaram na publicação de três handbooks distribuídos nesta sessão, sobre “Mecanismos de Financiamento da Inovação”, “Novos Mecanismos de Financiamento Baseados na Web” e “Inovação Tecnológica” e ainda quatro estudos na temática de literacia financeira, que permitiram sensibilizar as empresas para a avaliação da sua própria situação relativamente a um conjunto de indicadores e comparação com médias dos principais setores e para as práticas de gestão financeira e de relação com a Banca.

Estudo sobre gestão financeira da região aponta caminhos para as empresas melhorarem

Neste seminário foram apresentados os resultados dos estudos sobre a gestão financeira da região. Marco Alves, da Rácios Consulting, apresentou os resultados sobre “PME e Banca: Lacunas e Oportunidades de Melhoria”, constatando que as empresas da região continuam a usar as contas correntes caucionadas como principal forma de financiamento. Em alternativa a esta prática, os especialistas recomendam a utilização dos créditos com finalidade, como sejam o factoring, confirming, crédito documentário para importações e exportações, seguros de crédito, leasing e renting. São soluções incentivadas pela banca, com maiores probabilidades de aprovação, e que representam menores custos financeiros para as empresas, com prazos maiores de financiamento que simplificam o esforço de planeamento de tesouraria.

Segundo ainda o especialista Marco Alves, o rácio da autonomia financeira das empresas da região aumentou de 37 para 40%. No entanto, um terço das empresas ainda apresentam uma baixa autonomia e revelam fragilidades financeiras.

Quanto às práticas de gestão, verifica-se que são ainda poucas as pequenas empresas que fazem a demonstração de fluxos de caixa, embora 75% das empresas com mais de 50 empregados já usem este instrumento financeiro considerado hipercrítico em setores como a construção, indústria do couro, comércio e reparação automóvel, indústria de mobiliário entre outros. Os resultados integrais dos estudos encontram-se disponíveis no portal do Ribatejo INOVFIN, em www.inovfin.pt

Fomentar a Inovação nas PME da região

Sérgio Ferreira Alves, da SPI – Sociedade Portuguesa de Inovação, apresentou o resultado do estudo sobre o fomento da inovação nas PME. Um trabalho que está publicado no livro distribuído na sessão sobre “Mecanismos de Financiamento Baseados na Web”, nomeadamente as várias modalidades de crowdfounding, nomeradamente através dos sistema de donation (donativos), reward (obrigação de prestar serviço ou oferecer produto), equity (entrada no capital da empresa) ou  loan (empréstimo).

De modo a suportar a abordagem das empresas do Ribatejo às práticas e procedimentos de inovação tecnológica, o projeto Ribatejo Inovfin desenvolveu um estudo sobre “tecnologias disponíveis para o desenvolvimento das empresas, em que são explorados os conceitos de investigação, desenvolvimento e inovação (IDI) e de tecnologia. Este estudo está também publicado num handbook que a NERSANT disponibiliza às empresas, de forma a promover a inovação tecnológica nas PME da região. O handbook “Inovação Tecnológica” assenta no levantamento e sistematização da informação sobre novos processos e tecnologias disponíveis para as PME e pretende ser um documento prático de fácil leitura que permita sensibilizar e apoiar as empresas para a temática da inovação. O livro identifica áreas tecnológicas de referência a nível europeu e nacional e apresenta 12 exemplos de novos processos e tecnologias com interesse para as PME do Ribatejo, desenvolvidos por instituições de investigação & desenvolvimento da região.

Ferramentas informáticas de apoio à gestão disponíveis para todas as empresas até final do ano

Neste seminário foram apresentadas por Carlos Adegas e Rafael Silva, da CH Academy, as ferramentas informáticas de apoio à gestão financeira das empresas, que se encontram em fase final de desenvolvimento.

A primeira ferramenta apresentada - Financial All-In, destina-se a apoiar as empresas no cálculo dos custos do financiamento total, a chamada TAEG que inclui todos os encargos associados a um financiamento e não apenas os juros e os spreads, o que permite ajudar as empresas a tomar decisões mais acertadas na escolha dos produtos financeiros.

A ferramenta Cash-flow permite gerir de forma automatizada os fluxos de caixa, um indicador financeiro da máxima importância para medir a disponibilidade líquida de dinheiro, como foi gerado e consumido e se a empresas gerem ou não meios financeiros excedentes, entre outras operações.

Por sua vez, a ferramenta de Planeamento e Controlo financeiro, que inclui as operações de elaboração de orçamentos, com programação das necessidades a 12 meses, e a possibilidade de análise de desvios dos objetivos traçados no orçamento inicial, bem como, a Gestão de Tesouraria, ferramenta que permite gerir os recebimentos e pagamentos com base nos documentos fiscais e assim antecipar e gerir os excedentes ou défices mensais de tesouraria.

Estas ferramentas de gestão financeira destinam-se ao uso no dia a dia das empresas com acesso através da plataforma do Ribatejo Inovfin, em www.inovfin.pt  

Design Thinking na Inovação Empresarial

A última intervenção sobre o “Valor Acrescentado do Design Thinking na Inovação Empresarial”, foi dirigida pela especialista internacional Olga Glumac.

O Design Thinking é uma forma de abordagem que coloca as pessoas no centro do desenvolvimento de um projeto. Procura usar a criatividade para geração de soluções e a razão para analisar e adaptar as soluções para o contexto. Adotado por indivíduos e organizações, principalmente no mundo dos negócios, bem como na engenharia e no design contemporâneo, o design thinking tem visto sua influência crescer, como uma forma de abordar e solucionar problemas. Esta abordagem de design busca diversos ângulos e perspectivas para solução de problemas, privilegiando o trabalho colaborativo em equipas multidisciplinares e até com a participação do utilizador ou cliente final em busca de soluções inovadoras.

Para Olga Glumac, “o design thinking é a forma de fazer design service, ou seja, trabalha para entender o perfil dos consumidores, seus desejos e suas necessidades, a fim de garantir que determinado serviço seja competitivo para o mercado e relevante para quem o usa”.

De referir que este seminário de encerramento foi uma iniciativa do projeto financiado Ribatejo InovFin, projeto apoiado pelo COMPETE 2020 no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e promovido pela NERSANT, que isou a promoção da inovação como um instrumento fundamental para o aumento da competitividade das empresas, nomeadamente através da aproximação entre estas e as entidades do sistema nacional de inovação, da promoção de estruturas financeiras mais equilibradas e da melhoria das condições de acesso ao financiamento das PME.

in: Nersant-NOTA DE IMPRENSA 254/2019

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